"Exultai, ó céus, e alegra-te, ó terra, e vós, montes estalai com jubilo, porque o Senhor consolou o seu povo, e dos seus aflitos se compadecerá" (Isaias 49:13).




Editorial



Relançamento do livro "Por Trás do Véu", agora numa edição revista e ampliada com dados históricos inéditos em relação a edição anterior, que enriquecerá ainda mais o conhecimento dos leitores sobre as raízes do pentecostalismo italiano e da Congregação Cristã no Brasil. Leia mais...







PORTAL CCB ONLINE





O alto escalão de Anciães da CCB convoca autor do Livro "Por trás do Véu" a prestar esclarecimentos.

Ministério da CCB face a obra “Por Trás do Véu” convida seu autor Marcelo Ferreira para se pronunciar em Plenário dos Anciães na Capital Paulista.


O que não era de se esperar aconteceu no último dia vinte e seis de fevereiro, exatamente trinta dias após o lançamento da obra “Por Trás do Véu”, livro que relata o início do Pentecostalismo no Brasil e a história da trajetória da CCB até nossos dias. Fato este que fez agitou os bancos da cúpula maior do Ministério da CCB, face a esta obra que já se torna um "best-seller" no meio evangélico, e toda sua grande repercussão, principalmente entre os membros da CCB. Não obstante, o livro por si só, como também toda a equipe de assessoria que através de rádio, sites e outros meios, empenham-se para a grande interação, expandido assim, o número de irmãos que buscam maiores esclarecimentos. Diante de tais acontecimentos o Ministério das CCB contatou neste último dia 26/02, o Irmão Marcelo Ferreira, autor do Livro, por meio de um convite muito generoso pelo irmão Joel Bagnato, ancião do Bom Retiro em São Paulo para participar de uma reunião com Anciães, em Plenário no Brás.
Segundo o irmão Marcelo Ferreira, o ancião Joel Bagnato declarou que “tendo em vista a repercussão do livro, o Ministério da CCB deseja ouvi-lo”. A reunião está sendo agendada para a próxima semana. O irmão Marcelo será acompanhado por alguns irmãos, sendo apenas franqueada a entrada em plenário o irmão Rogério Aguilar residente na capital, musico oficializado na CCB e cunhado do Autor.
Pelo que se tem conhecimento algo semelhante jamais havia ocorrido. O Ministério da CCB sempre se apresentou muito rígida, consistente e fechado em ceder a qualquer tipo de diálogo, e reivindicações de ordem doutrinária , sempre buscaram o controle e a hegemonia do seu sistema organizacional. Seu ministério tem o referencial por antiguidade ministerial, somada a preeminência carismática do líder que fortalece ainda mais a posse de suas prerrogativas. Se fizer uma paralelo deste sistema com formas de governos, teríamos mais ou menos uma forma monárquica contraposta à republicana, ou até mesmo uma ditadura frente a uma democracia. Pertinente se faz argumentar neste âmbito, tendo em vista ser notório que quase a totalidade dos anciães da CCB, seja eles com um ano, vinte anos, até trinta anos de ministério, estes, em todas as Assembléias Anuais apenas endossam com “Amém” tudo o que já foi pré-estabelecido por uma pequena cúpula de doze anciães (os mais antigos). Não há direito de voto, participação, livre manifestação, sem falar dos Cooperadores, pois estes ouvem e tem que obedecer calados. Contudo, o que impressiona agora é poder parar e ver o Ministério da CCB render-se tão somente a um irmão, simples músico executor de sax-tenor, pai de família, trabalhador. É possível aqui fazer uma analogia muito própria ocorrida no dias do apóstolo Paulo, onde admoestava e incentivava Timóteo acerca de seu ministério dizendo “Ninguém despreze a tua mocidade; mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra no trato, na caridade, no espírito na fé, na pureza”(1 Tm 4:12) e disse mais “Não repreendas asperamente os anciãos, mas admoesta-os como pais; aos jovens, e como a irmãos;”(1 Tm 5:1) . O Espírito Santo concede Graça a quem Quer, e não se leva em conta fios de cabelos brancos e sim a Soberania do Todo Poderoso Deus, querendo Ele operar quem O impedirá, aponta os preceitos Bíblicos.
Muitos outros casos já surgiram tentando buscar da CCB algum posicionamento, respostas e até reivindicações. Existem ainda movimentos que lutam por respostas, como por exemplo, o Ministério da Reforma, de Ricardo Adam, o Movimento Juristas CCB, e tantos outros. E agora, fica porém a pergunta: o que realmente tirou o sono dos Anciães da CCB, como o de Faraó nos dias de Moisés ?
É notório que a pressão tem sido maior sobre o Ministério de Anciães da grande São Paulo, onde está concentrado o colegiado com o maior número dos Anciães mais antigos da CCB, que se vê diante dos Anciães dos demais estados, cobrados por nada terem feito, sem pronunciarem a irmandade dentro destes dois últimos anos que o trabalho “Por Trás do Véu” vem atuando. Todavia que o método comum utilizado pelo Ministério CCB é o da distração, ou seja, ignorar os fatos até que desapareçam. Porém não funcionou muito desta vez, porque na ocasião do lançamento do Livro “Por Trás do Véu” a equipe de assessoria enviou convites pessoais a quase todos os anciões mais antigos, e os de renome, nos Estado do Paraná, Bahia, Mato Grosso, Minas Gerais e diversas cidades do interior do Estado de São Paulo, além dos da Grande São Paulo. Portanto estes Anciães querem tentar uma resolução do caso, ou evitarem maiores movimentos, se tratando de São Paulo que é sede Nacional sob presidência do Ancião Jorge Couri.
O irmão Marcelo Ferreira marcou presença no Programa “Crescendo na Fé” - Rádio FM 105,7, com o Pastor Sézar Cavalcante, e até o dia da reunião conclamou os irmãos da CCB, que acompanham a programação e apóiam o trabalho, para estarem orando todos juntos por ele e pelo Corpo de Anciães, onde apresentará algo sobre seu trabalho do livro e das participações no meio de comunicação.
Os Ançiães parecem ter acertado em resolver ouvir o irmão Marcelo Ferreira neste momento crucial de sua denominação por dois importantes motivos:
- A aproximação da Reunião Anual de Ensinamentos ou "Assembléia", pela qual deverá se pronunciar a respeito do assunto junto a irmandade da CCB,- Além de presença garantida na maior rádio evangélica de São Paulo e do Brasil, Marcelo Ferreira está sendo procurado por importantes repórteres da mídia escrita e televisiva e segundo sua assessoria, estará em rede nacional de televisão expondo seu trabalho, pois afinal, a Congregação Cristã no Brasil sempre foi um enigma para muitos do meio evangélico e desperta a curiosidade das maiores autoridades eclesiásticas do país.

Edição:M.L.Vitor
Arquivo/PortalCCB/022008


"Ficamos com as nossas Tradições"

Anciães da CCB afirmam ser “SOBERANOS” em suas decisões recusando ouvir irmão Marcelo Ferreira, que é excluído da Congregação Cristã por “sentença” dada pelo Ministério reunido em Plenário no Brás.

No dia 03/03, segunda-feira, no Brás em São Paulo, esteve reunido o Ministério de Anciães da Congregação Cristã, com a presença do irmão Marcelo Ferreira, auto do livro “Por Trás do Véu”, convidado no ultimo dia 26 de fevereiro pelo ancião-presidente Jorge Couri, que segundo as formalidades do convite, o Ministério da CCB se colocaria a disposição para ouvi-lo em Plenário, face ao lançamento da Obra “Por Trás do Véu”, que conta a trajetória da CCB no Brasil, que traz à tona documentários e fatos singulares de sua forma doutrinária com suas transformações.

A equipe de notícias do Portal CCB OnLine esteve no local e pode acompanhar os bastidores deste momento ímpar da história da CCB, haja vista, a grande repercussão deste movimento que vem crescendo espantosamente na capital Paulista e ganhando outros estados do Brasil, onde é possível constatar que dentre os membros da CCB já diverge as opiniões, como também entre irmãos que compõe o Ministério da CCB, uma vez que, esperam e acreditam na possibilidade de a Congregação Cristã no Brasil voltar à visão missionária ( “IDE” ) se tornando uma igreja emergente, somando forças no cenário evangélico nacional e internacional, além da compreensão de sua natureza viva como organismo espiritual pertencente ao Corpo de Cristo(1Co.12:13).

O irmão Marcelo Ferreira se fez acompanhado até o local por amigos, Pastores, Presbíteros, que o apóiam neste trabalho, autorizada tão somente a entrada do irmão Rogério Aguilar, previamente recomendado. A reunião iniciou por volta das 18:45 hs com duração próxima de duas horas. Antes do inicio da reunião os Anciães mais novos que se faziam presentes se retiram permanecendo em Plenário apenas os anciães mais antigos e alguns novos de grande primazia entre eles.

Não foram tão afetuosos na recepção aos amigos, e pastores e presbíteros que permaneceram na recepção aguardando o desfecho da reunião. Por ser o local não muito amplo, e a quantidade de anciães presente ser razoável não se notou cordialidade, como um “boa-tarde” ou qualquer outro cumprimento, fato que casou certo desapontamento por quem esteve pela primeira vez.

Após a reunião o irmão Marcelo Ferreira, acompanhado do irmão Rogério Aguilar, ainda na recepção concedeu breves relatos a equipe do Portal CCB Online, dizendo que a reunião não foi da forma proposta pelo Ministério de Anciães, aplicando suas imposições, valendo-se do local e de suas dependências. Foram sustentadas, pelo Plenário algumas afirmações desta natureza, como: Não interessa ao nosso ministério o que o irmão tem à dizer...desde já nós anciães recusamos a ouvir suas declarações; ...Aqui quem fala somos nós...no demais, é obedecer e acatar nossos conselhos; Temos a revelação....seu trabalho não pode proceder do Espírito Santo,...porque nós não “SENTIMOS”.; este ministério é SOBERANO nas suas decisões...; “Ficamos com nossos ensinamentos e tradições...as demais igrejas evangélicas existem para que estes possam chegar até nós”.

O irmão Marcelo Ferreira disse que foi um tanto difícil concluir alguns pontos, tendo vista sucessivas interrupções provocadas pelos anciães e pelo ancião-presidente Jorge Couri. Os questionamentos e os pontos de reflexões apresentados pelo irmão Marcelo os chamavam para uma abordagem aos preceitos bíblicos, portanto não houve uma pré-disposição de todo o Plenário dar ênfase ao que Bíblia fundamenta, e sim pautar em Testemunhos e outras citações não cabíveis no contexto fático. O Ministério da CCB procurou desequilibrar, sendo um meio ardil para não se comprometerem em Plenário, e diante da realidade espiritual que atravessa toda a CCB, ou seja, uma Apostasia ( afastamento total das Escrituras Sagradas); como também, o dever de resposta a todos os membros da CCB frente aos pontos doutrinários controvertidos relatados pelo irmão Marcelo Ferreira, que portanto, face a Verdade que só as Escrituras Sagradas pode trazer os colocariam diante do dever Cristão de se humilhar, arrepender e pedir perdão.

Ao final, o Ministério da CCB impôs ao irmão Marcelo Ferreira as seguintes condições: a primeira pedia sua rendição à todo o trabalho, sendo, o livro, as participações de rádio, e outros meios de comunicação, além de deixar de freqüentar e pregar em outras denominações evangélicas, voltando tão somente a ser músico na CCB, sem o direito de ministração ou pregação da Palavra; e tendo como segunda condição ser declarado excluído em Plenário, desconstituído como membro da CCB, caso insistisse em prosseguir este trabalho. Estas imposições também foram dirigidas ao irmão Rogério Aguilar, sendo que ambos, certos de suas convicções declararam continuar a lutar pela causa que o Senhor Deus os tem chamado pelo poder do Espírito Santo.

O irmão Marcelo Ferreira fez a entrega em plenário do seu Pronunciamento por escrito contendo todos os apontamentos doutrinários a serem analisados, que remotamente serão respondidos pelo Ministério da CCB, o qual este ato configura daqui para frente um termômetro que irá traduzir o grau de comprometimento que este Ministério da CCB tem para com os seus membros e acima de tudo com a Palavra de Deus.


Apontamos para algumas providências que iriam sanar muitos dos problemas hoje vigentes em nosso meio:

Desfazer alteração do tópico 1.º dos Pontos de Doutrina e da Fé que uma vez foi dada aos santos, que constam no Estatuto, desde 1995, onde diz que a Bíblia contém a Palavra de Deus. Ela não contém, ela É a infalível Palavra de Deus,

Retirar o texto entitulado "Doutrinas", exposto na página 25 da edição unificada (livreto azul), referente a um dos tópicos da Reunião de Ensinamentos de 1948 que dizem:

“ No velho concerto havia três leis: Civil, Moral e Cerimonial e por suprema autoridade o sumo sacerdote. ...Os fiéis em Cristo, chamados a testemunhar o Evangelho a todas as nações tem que reconhecer autoridades e leis civis de qualquer nação”...
“...A lei cerimonial com as suas ordenanças foi cumprida com a oferta pura do Cordeiro de Deus ,...A lei moral é fruto da nova vida em Cristo Jesus...”

De acordo com este ensino, havia três leis, mas nem todas elas foram cumpridas.

A Bíblia ensina que a lei é uma só, não se encontra na Palavra de Deus tal divisão. Toda a lei foi cumprida, (...)(Gl 3:10,11; 4:4-5; Mt 5:18; Jo 19:30).
Quando um fariseu perguntou a Jesus qual era o maior mandamento da lei, Jesus não quis saber de qual lei (Mt 22:34-40), porque a lei é uma só.

A nova aliança tem uma lei própria: a lei de Cristo ou a lei do Espírito (Rm 3:27; 8:2; 1Co 9:21; Gl 6:2). E é justamente nessa lei e no cumprimento dos seus mandamentos que andamos.
Quando veio a nova lei, a velha já havia cumprido seu propósito e não era mais necessária, por isso foi removida (Hb 8:6-13; 10:1-18, 2Co 3:11).

Dizer que Cristo cumpriu apenas parte da lei é afirmar que sua obra foi incompleta. As afirmações desse tópico das Reuniões de 1948 são simplesmente antibíblicas. É inconcebível que um tópico de ensinamento como este permaneça por tantos anos em uma igreja cristã.

- Cessar o Rebatismo de crentes oriundos de outras denominações sérias que possuem uma confissão de fé genuinamente cristã, sendo ensinado à irmandade da Congregação Cristã que, quando algum crente de outra denominação evangélica migrar para a Congregação, não será exigido deste, que se batize novamente, para que possa ser considerado irmão ou exerça liberdade de tomar ceia, orar, testemunhar e chamar um hino. Este batismo efetuado em outra denominação evangélica genuína, será aceito se obedecer a ordenança bíblica do Senhor Jesus em Mateus 28:19. O Rebatismo de quem já foi batizado conforme a Palavra constitui uma heresia. Há um só batismo conforme Efésios 4:5 e Romanos 6:3-4.

- Rever o ensinamento da Congregação Cristã de que o batismo purifica o homem do pecado, pois tal afirmação, no entanto, não tem base bíblica. O texto de 1João 1.7 lança por terra tamanha contradição:

“...e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho nos purifica de todo pecado”.

A Bíblia deixa bem clara essa questão: o que nos purifica é somente o sangue de Jesus Cristo. Lemos, em Marcos 16.16:

“Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado”.

Não é dito que quem não crer e não for batizado será condenado, mas apenas que quem não crer.
Pregar o batismo salvífico é pregar outro evangelho (Gl 1.6-9; At 15.11; Rm 1.17; 2Co 11.4). Quem regenera é o Espírito Santo, quando a pessoa se arrepende de seus pecados e crê em Jesus (Tt 3.5-7; 1Pe 1.18).
O batismo não lava pecados, somente o sangue de Cristo (1Jo 1.7; Ap 1.5; 5.9,10).

- Ensinar a querida irmandade que a Congregação Cristã no Brasil é uma igreja cristã, na qual opera a Graça de Deus como em outras denominações genuinamente cristãs. Não sendo correto chamar a Congregação Cristã de "Graça de Deus" ou "esta Graça", pois a Graça de Deus não é a Congregação Cristã ou qualquer outra denominação evangélica, mas sim a Obra Redentora realizada pelo Senhor Jesus Cristo na cruz do Calvário em favor de todo aquele que Nele crê (Jo 3:16). Graça é o favor imerecido de Deus não uma denominação ou instituição religiosa.
Também a não chamar a Congregação Cristã de "caminho", pois o único caminho que conduz a salvação segundo a Bíblia nos ensina é o Senhor Jesus (Jo 14:6).

- Que os demais evangélicos sejam reconhecidos como irmãos apesar de suas diferenças culturais e de liturgia de culto. A Palavra de Deus ensina que a todos que receberam a Cristo como seu Salvador, foi-lhes dado o poder de serem feitos filhos de Deus, irmãos em Cristo, independente de qual denominação evangélica pertençam (Jo 1:12; Rm 8:14; 1 Jo 3:1). Tal exemplo vemos nas igrejas da Ásia descritas em Apocalipse (Ap 2:1 a 3:22). Lembrá-los para nunca mais chamá-los de seitários ou outros nomes pejorativos.

- Não pregar contra o ministério dos pastores, pois apesar de não adotar-mos tal ministério, o mesmo é bíblico (Jr 3:15, Jr 23:4, Ef 4:11, Hb 13:7)

- Não pregar contra Estudo Bíblico ou Teológico, pois além do membro exercer sua liberdade de escolha, a Bíblia aponta para a necessidade de examiná-la, ou seja estudá-la para ser melhor usado pelo Espírito Santo (Js 1:8, Jo 5:39, 1Tm 4:13, 2Tm 2:15, 2Tm 4:13). Lembremos que o apóstolo Paulo, foi doutor da Lei, possuía extremo preparo nas Escrituras Sagradas, além de conhecedor profundo das culturas judaica, grega e romana.

- Estabelecer ensino das Escrituras Sagradas nas Congregações em forma de Escola Bíblica, ou Culto de Ensinamentos e Doutrinas, classificado em crianças, jovens e adultos. Tais estudos sempre foram adotados na Congregação Cristã de Chicago, onde pertenceu como membro o irmão Louis Francescon, nas igrejas do movimento pentecostal italiano, como nas demais igrejas cristãs. Isto ajudaria e muito a se manter uma única compreensão doutrinária dentre toda a irmandade e Ministério.

- Explicar o que são Doutrinas Bíblicas, que são as bases do Cristianismo, e o que são usos e costumes,

- Que os tópicos de ensinamentos sejam publicados e acessíveis a toda a irmandade,
- Quanto ao adultério e a fornicação, por pior que sejam estes pecado, não podem ser considerados pecado de morte sem perdão. Pois não existe base bíblica para tal afirmação, havendo na Bíblia relatos de que mediante o arrependimento e abandono de tal prática pecaminosa Deus concede perdão, como no caso da mulher adúltera (Jo 8:1-11, 1 Jo 1:7-10).
O pecado de morte, sem perdão, refere-se a blasfêmia contra o Espírito Santo, que é atribuir conscientemente a satanás uma Obra realizada por Deus (Mt 12:31-32).

- Incentivar a irmandade da Congregação Cristã e treiná-los para o exercício de missões. Quando esta se der, não praticar proselitismo e disputar o campo já ocupado por igrejas genuinamente cristãs (At 15:20-21). Independente de possuir cargos eclesiásticos, todos podem participar, pois a grande comissão de Jesus (Mt 28:19) é para toda a Igreja de Cristo, não somente a uma classe especial; porém é trabalho da igreja prepará-los e dar-lhes retaguarda nestas missões.

- Investir incansavelmente na busca pelos parados na fé, tratando-os com amor que convém a nossa condição, lhes mostrando que em Jesus Cristo há uma chance de restauração e purificação dos pecados (1Jo 1:7-10). O Senhor mesmo disse:

“Todo o que o Pai me dá virá a mim, e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora” (Jo 6:37).

Muitos por se sentirem desprezados e perdendo sua liberdade nos cultos tem sido alvo de grupos não cristãos e sucumbem a doutrinas de demônios, pois devido ao estado de aflição, muitos agarram-se a qualquer coisa. Não é necessário falar dos milhares de nossos irmãos que foram parar na sarjeta, ficaram depressivos, tiveram suas vidas destruídas pelo desprezo e até cometeram suicídio.
É necessário se estabelecer um acompanhamento sério nos casos de transgressões e pecados, tratando-os com misericórdia e, no caso de aplicação de disciplina, os tais sejam acompanhados com amor cristão para que possam ser, mediante arrependimento sincero, reintegrados a comunhão da igreja sem discriminação. E que se busque muita guia de Deus para não se abater as almas lavadas e remidas pelo precioso sangue expiador do Senhor Jesus.

1 - O que segue não é um problema doutrinário, ou algo que venha a ferir as Escrituras Sagradas, mas de consciência:
Refletir na possibilidade de passar a servir um dos dois elementos da Santa Ceia, o vinho, em cálices individuais e descartáveis. Respeitamos a atual forma de servi-la na Congregação Cristã, utilizando um único cálice, mas não podemos esquecer que o fato de centenas, às vezes milhares de irmãos, participarem de um mesmo cálice, põe em risco a integridade física de seus membros, pois a possibilidade de contaminação por alguma doença infecto-contagiosa é extrema.
Sabemos que o Senhor é Poderoso para nos livrar e guardar de tais males, mas temos que encontrar um equilíbrio, de acordo com as Escrituras Sagradas. Estas nos apontam em Mateus 26:27, Marcos 14:23 , 1Coríntios 11:28 que temos que tomar "dele" (o cálice), e segundo Lucas 22:17 reparti-lo entre nós, não necessariamente "nele". Não há problema doutrinário em pegar de um cálice principal e repartir em demais cálices para serem servidos aos nossos irmãos. Já é corrente entre o Ministério que muitos da irmandade já não aceitam esta forma de servir o vinho da Santa Ceia, tendo dificuldade em colocar sua boca num recipiente compartilhado por centenas de irmãos. Não podemos também desconsiderar, que a qualquer momento podemos ser alvo da intervenção de autoridades sanitárias governamentais.

Edição:M.L.Vitor
Arquivo/PortalCCB/032008

Entrevista exclusiva ao Portal CCB Online de Marcelo Ferreira.

Autor do livro “Por Trás do Véu – a história da primeira denominação pentecostal brasileira”, concedeu esta entrevista exclusiva ao Portal CCB online.





Portal CCBonline- Irmão Marcelo Ferreira, Graça e Paz!
Marcelo Ferreira - Paz e Graça!
Portal - Mais uma vez temos esta oportunidade de falar diretamente com você, e, após tantos acontecimentos podermos contar com sua gentileza e disposição em nos atender. Vamos falar sobre este trabalho tão sério e importante para a Igreja brasileira, com um caráter histórico e bíblico surpreendentes, que é o livro “Por Trás do Véu” e também um pouco de sua vida cristã.
Portal – Primeiramente, como tem sido esses dias, após sua exclusão da CCB, você se tornou membro de alguma igreja ou comunidade cristã?
M. F. - Tem sido dias muito abençoados, de crescimento espiritual e de novos desafios para a glória de Deus. Hoje sou membro de uma Igreja Batista em São Paulo.
Portal – Soubemos que você foi batizado nesta igreja, é verdade? Porque?M. F. – Sim, é verdade. Após analisar profundamente as doutrinas da CCB e refletir sobre a Palavra de Deus, cheguei a conclusão que não havia recebido um Batismo bíblico cristão, portanto, não havia cumprido o mandamento do Senhor Jesus de forma consciente, bíblica e correta.
O motivo é simples, a CCB prega e realiza um batismo para “perdão de pecados” e “para a salvação da alma”, e isto não é o que o Evangelho ensina.
O Batismo cristão é para os salvos, para os que nasceram de novo, sendo um mandamento do Senhor e um testemunho público para a Igreja daquilo que Jesus Cristo já operou em sua vida através de Sua Obra consumada na cruz do Calvário. Quem perdoa pecados e nos dá a salvação é o Senhor, não o ato do Batismo. (João 3.16; 1 João 1.7)

Portal - Marcelo, o que é o livro “Por Trás do Véu” para você?
M. F. - Costumo dizer que o livro Por Trás do Véu é como uma placa que aponta para a Palavra de Deus, elaborado de forma dirigida ao povo da CCB. É uma composição histórica e doutrinária que visa levar os membros da CCB e sua liderança a refletirem sobre sua história, sua identidade e principalmente em como se posicionam em relação à Palavra de Deus.
Portal - Como tem sido o retorno das opiniões a respeito do livro?M. F. - Geralmente muito positivas, principalmente de irmãos que passaram a pensar mais em sua responsabilidade pessoal para com Deus. Mas, toda pessoa que confronta um sistema não fica livre de críticas, faz parte do trabalho!
Portal - Marcelo, você tem sido alvo de perseguições por parte de membros da CCB?
M. F. - Já houve momentos conturbados, hoje as coisas estão se esclarecendo cada vez mais e, mais irmãos tem se engajado em trabalhos semelhantes. O povo da CCB, mesmo resistindo e retendo as tradições orais, está aos poucos sendo mais esclarecido.


Portal - Hoje, parece que a CCB foi incluída como alvo de escrutínio dos pesquisadores, principalmente nas universidades. Como você enxerga isso?
M. F. - Simplesmente uma resposta às suas condutas do passado e atuais. Talvez sua liderança acreditou que passaria desapercebida pela história, mas não está sendo assim. A internet e a facilidade dos meios de comunicação na atualidade favoreceram este processo e muitos “mistérios” do passado estão vindo a tona.
Portal - Marcelo, sei perfeitamente que você não focou seu trabalho nos escândalos que já, há alguns anos, e até hoje, assombram o ministério e a irmandade da CCB. Mas, como você vê esta mácula no ministério da CCB, os processos contra os anciães, contra a própria CCB, enfim, tudo isso que tem feito sofrer o povo da CCB?M. F. – Todo desvio, seja coletivo ou individual, tem como ponto de partida o afastamento da Palavra de Deus. É um lamentável e triste testemunho para o mundo e que com certeza não passará impune pela Justiça Divina. Mas o maior sofrimento na CCB não são os escândalos, e sim, a omissão do ministério e de muitos do povo em relação ao que diz a Palavra de Deus. Enquanto rejeitarem o ensino das Escrituras Sagradas e mantiverem a cultura oral sem base bíblica e seu exclusivismo, não cessará o sofrimento. O Senhor nos esclarece em Jeremias 2, versículo13: “Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas”.
A citação bíblica se refere a nação de Israel no tempo do profeta, mas aplicando o princípio bíblico para a atual situação da CCB, vemos que esta denominação também cometeu duas maldades: o afastamento da Palavra de Deus e da Doutrina Cristã genuína e cavou para si, como organização, uma cisterna rota, abraçando tradições humanas, sendo por isso impedidos de terem um progresso espiritual e de serem um testemunho eficaz para o Cristianismo.
Portal - Marcelo, você é extremamente cuidadoso e respeitoso no trato com as pessoas, principalmente ao expor suas opiniões. Mas nos permita saber: quais suas considerações quanto ao irmão Ricardo Adam e ao Ministério da Reforma?M. F. – A CCB nunca mais foi a mesma depois do trabalho do Ministério da Reforma e do irmão Ricardo Adam, os quais respeito. O irmão Ricardo Adam foi o pioneiro na internet, um homem corajoso e batalhador. Suas matérias referentes a CCB, em defesa do Evangelho, impactaram muitas vidas. 
Portal - E as dissensões, como você vê o efeito desses grupos que tem saído da CCB e fundado outras denominações.M. F. – Infelizmente, muitas dessas denominações saíram da CCB, mas a CCB não saiu delas! Vemos hoje em dia grupos que saíram da CCB, mas que continuam com usos e costumes, não dando a devida importância ao estudo da Palavra de Deus, não se preocupando com a juventude, combatendo a forma de contribuição adotada pelas igrejas e não tendo uma visão missionária.
Se isso não bastasse, há um grupo que se declara unicista (ou seja, nega a doutrina da Trindade) e há outro que guarda o sábado e adotou restrições dietéticas. Esse retrocesso nos preocupa, pois, almas são impactadas por posições equivocadas que geram mais divisão no corpo de Cristo.
Após anos de pesquisa e experiência vivida, posso observar que muitas pessoas que saíram da CCB ainda conservam o exclusivismo herdado da denominação e toda a cultura oral que receberam, principalmente aquelas responsáveis pela oposição às igrejas cristãs. Isso os atrapalha no processo de integração a uma nova comunidade cristã. Muitos até retornam para a CCB, preferindo serem vistos como “desviados” que se arrependeram, sujeitando-se a ficarem sem liberdade ou terem de se retratar publicamente na denominação por terem freqüentado uma igreja cristã.
Portal – Mas o que acontece com essas pessoas, a ponto de retornarem a CCB, mesmo sabendo de seus desvios doutrinários?M. F. – Acredito ser o mesmo que acontece com os que mesmo conhecendo os desvios do grupo ainda permanecem: organização, bem estar, limpeza, orquestra, família antiga na denominação e para muitos um simples comodismo, pois não foram ensinados ou não se interessaram em aprender a Palavra de Deus, sem os “óculos” da denominação. O mais duro dessa situação é que muitos conhecem a verdade, principalmente no ministério, mas são omissos visando posições, status e interesses próprios. Quando alguém acredita que Deus, Criador e Soberano Eterno, se revelou somente a um grupo, este alguém só pode ter a mente cauterizada ou estar num estado de letargia espiritual. Quem sabe a verdade e não pratica, é omisso e não ficará sem punição naquele Dia! Muitos desses, não vão poder dizer para o Senhor que não foram advertidos.
Encenação, teatro, choro, dissimulação, mentira, aparência de piedade ou até uma super-produção cinematográfica não será capaz de enganar o Juiz de todo o Universo. Uma advertência clara está em Gálatas 6, versículo7: “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará”.
Portal – Você acredita numa volta da CCB unicamente à Palavra de Deus?M. F. – Instituições não mudam, pessoas mudam!
Portal – Durante o tempo em que o irmão participou do programa de rádio em São Paulo, foi chamado de “O Lutero da CCB”. O irmão se compara a Martinho Lutero?
M. F. – Outros irmãos levantaram sua voz antes de mim e creio que ainda haverão mais vozes. Acredito que assim como os apóstolos Paulo e João, como Jerônimo de Savonarola, John Huss, Martinho Lutero, John Wycliffe, John Bunyan, Willian Tyndale, John Wesley, dentre tantos outros homens que Deus usou, cada um em seu tempo, sou apenas mais um crente que foi tocado pelo Espírito Santo para defender a fé que uma vez foi dada aos santos (Jd 3). A Deus toda a Glória!


Portal - Em que data vai se comemorar os 100 anos da CCB?M. F. - O Histórico diz que Francescon partiu da Argentina para São Paulo em 08/03/1910 onde ficou até 18/04/1910, quando partiu para Santo Antonio da Platina.
Francescon retornou de Santo Antonio da Platina para São Paulo em 20/06/1910. No final do mês de Junho ele começou a pregar em uma pequena congregação da Igreja Presbiteriana no Bairro do Brás, em São Paulo.
Contando que uma viagem da Argentina para São Paulo deveria durar aproximadamente uma semana e seguindo a orientação de Francescon que, após 2 dias encontrou Vicenzo Pievani no Jardim da Luz e o evangelizou.
Acredito que algum dia entre 15 e 20 de Março de 1910 seria a data mais indicada para o início do trabalho evangelístico de Francescon no Brasil, trabalho este que se tornaria a Congregação Cristã no Brasil. Todavia, o preâmbulo do Estatuto da CCB de 2004, afirma que a CCB iniciou em Junho de 1910.

Portal – O que espera neste ano do Centenário da CCB
M. F. – Não só neste ano, mas que, em todo o tempo mais pessoas dentro da CCB dêem ouvido à voz do Espírito Santo e se voltem unicamente à Palavra de Deus, deixando as tradições e razões humanas.
Portal – Como você vê a CCB completando seu Centenário?M. F. – Primeiramente a CCB não valorizou nem registrou sua história, tornando-se assim, difícil qualquer expressão por parte dela em relação a este centenário. Ela se afastou de suas origens, se afastou de igrejas irmãs e lamentavelmente se afastou também da Palavra de Deus.
Este momento, o qual a CCB completa cem anos no Brasil, vem carregado de sofrimentos e tristezas causados por seu exclusivismo religioso. Teríamos um cenário evangélico brasileiro bem diferente se esta instituição tivesse mantido seus princípios iniciais, assim como os mantiveram outras comunidades oriundas do movimento pentecostal ítalo-americano. São numerosas suas edificações no Brasil e fora dele, mas pouco ela investiu no crescimento de pessoas para o Reino de Deus. As percas são incalculáveis.
Vemos irmãos com boas intenções criando vídeos dos mais diversos e divulgando-os na internet. Estão tentando marcar este “aniversário” da denominação e mostrar alguma satisfação em fazer parte do grupo, porém, expressam ainda mais o exclusivismo adotado pela CCB e um vazio muito grande em suas afirmações, sempre ilustradas por “músicas” reverenciando a denominação, seus ministros e tendo como pano de fundo suas edificações. Os cristãos foram chamados para investir em vidas, não em tijolos! O mais difícil é se entre tais tijolos não há espaço para ser pregado o Evangelho genuíno de Jesus Cristo.

Portal - Marcelo, passemos agora a algumas perguntas bem pessoais, se nos permite:Prioridades:
M. F. - Deus, família, trabalho e igreja local.
Portal - Sonho:
M. F. - Fundar um Instituto Bíblico, de fácil acesso a todos, se preocupando fundamentalmente com a ortodoxia doutrinária cristã. E poder levar de forma acessível, principalmente aos pobres, a Palavra de Deus como ela é!
Portal - Pessoa que mais te fascina:
M. F. - Jesus Cristo.
Portal – Livro de todos os dias:
M. F. – A Bíblia Sagrada. No português adoto a tradução Corrigida e Fiel da Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.
Portal - Se considera fundamentalista bíblico?
M. F. – Sim, mas sem legalismos!
Portal - Outros livros:M. F. – Profecias Messiãnicas, de David Corrêa,
O Fator Melquisedeque, de Don Richardson,
Brincando de pecar, de Abimael Canto Melo,
Conheça as marcas das seitas, de Dave Breese,
O príncipe que há de vir, de Robert Anderson,
Escatologia Bíblica, de Erivaldo de Jesus,
A Revelação de Jesus Cristo, de H. I. Lehman,
Como tudo começou, de Adauto Lourenço,
Fundamentos da Doutrina Cristã, de Albertus Pieters,
E muitos outros!

Portal - Das matérias bíblicas:
M. F. – Profecias messiânicas e Escatologia.
Portal - Maior riqueza:
M. F. - A Salvação pela fé em Jesus Cristo.
Portal - O que você mais pensa nos dias atuais
M. F. - No arrebatamento da Igreja, na segunda vinda de Cristo e na instauração do Reino Milenar de Jesus Cristo.
Portal - Posições escatológicas:
M. F. - Sou dispensacionalista, pré-tribulacionista e pré-milenarista.
Portal - Comida:
M. F. - Arroz com feijão e carne de panela, acompanhado com um bom suco e salada temperada com azeite, do bom! De preferência feitos pela minha esposa!
Portal - Algo que te entristece:
M. F. – A apostasia, a desigualdade social, a fome, crimes contra a criança, desemprego e a corrupção da liderança de certas “igrejas”.
Portal – Filmes:
M. F. – Evangélicos: O Peregrino, O Evangelho segundo João, Lutero, John Huss, O fora da lei de Deus, Desafiando Gigantes e A Jornada;
Seculares: Lágrimas do Sol, Fomos heróis e O resgate do Soldado Ryan.


Portal – Documentários:M. F. – Evangélicos: Como tudo começou, de Adauto Lourenço, Babilônia, Depois do Armagedom e Contagem regressiva para a Eternidade.
Seculares: Maravilhas modernas e matérias sobre a Vida Selvagem.

Portal – Esperança:
M. F. – Ser arrebatado trabalhando para Jesus Cristo.


Portal – Irmão Marcelo, muito obrigado pela sua atenção em nos conceder esta importante entrevista. Por favor, deixe suas saudações finais e um versículo bíblico para nossos amigos e irmãos refletirem.
M. F. – Eu agradeço pelo espaço concedido pelo Portal e desejo a todos vocês e aos demais amigos e irmãos que as ricas bênçãos de Jesus Cristo e o Poder do Seu Evangelho estejam sempre em vossas mentes e corações para os levarem a Vida Eterna nos Céus. Um texto que fala muito ao meu coração é este:



“Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos ensinam a justiça, como as estrelas sempre e eternamente”. (Daniel 12.3)


A Graça e a Paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos!





Conheçam a Nova Edição do livro "Por Trás do Véu"




                                                                A história de um povo
                                            Uma ferramenta em defesa do Evangelho
                                 Um apelo para a reflexão e submissão à Palavra de Deus



Caros leitores,

Nesta nova edição revista e ampliada do livro "Por Trás do Véu" foram inclusas importantes informações históricas e considerações que não estavam contidas nas edições anteriores.
Apontamos que nesta nova edição, foi retirada de seu capítulo 8 uma matéria com o subtítulo "Declarações da CCB a respeito das diferentes versões da Bíblia", onde mostrava que a CCB através de seus tópicos de ensinamentos, era contrária a utilização por seus membros da Bíblia Almeida Revista e Atualizada (ARA). Anteriormente, criticamos a atitude da CCB em tais afirmações e até defendemos o trabalho da tradução da Bíblia ARA, porém, após analizarmos e buscarmos apoio junto a autoridades em traduções bíblicas e línguas originais, retiramos nossa crítica ao posicionamento da CCB e concluímos que ela acertou em indicar e manter o uso da Bíblia Almeida Revista e Corrigida (ARC) para seus membros.
São Paulo, 12 de janeiro de 2010.
Marcelo Ferreira
Autor

Ao Leitor
Até hoje, muito se escreveu a respeito de uma das maiores “denominações evangélicas” do Brasil. E isso por conta de sua marcante presença no cenário evangélico. Estamos falando da Congregação Cristã no Brasil – a CCB.
Um dos problemas mais complicados que alguém pode encontrar quando se empenha em pesquisar a historicidade de um povo, de um segmento religioso ou de uma organização denominacional, é, sem sombra de dúvidas, a falta de informações, ou seja, de dados remanescentes de fácil acesso. Quando isso acontece, é porque não houve interesse, por parte da instituição pesquisada, em preservar, em conservar, a sua memória.
A CCB, em toda a sua existência, pouco relatou, de forma documental, a si própria como denominação, e muito menos registrou a história dos principais personagens envolvidos em sua fundação e expansão, tanto dentro quanto fora do Brasil. E agiu dessa forma por compreender que, se escrevesse muito, detalhando o trabalho desses personagens, poderia incorrer numa espécie de idolatria a tais pessoas e, dessa forma, ofuscar a obra do Espírito Santo.
Ademais, podemos perceber que, ao omitir certos fatos, a CCB teria a facilidade de não ter de esclarecer algumas dúvidas perenes aos seus membros que, por esse motivo, desconhecem quase totalmente a verdadeira história de sua denominação.
Aliados à crença de que todas as decisões do ministério dizem respeito à “vontade de Deus”, quase todos os membros aceitaram suas vagas explicações, sem questioná-las. Afinal, segundo acreditam, são os “únicos representantes de Deus na terra”; por isso, submeteram-se, sem restrição alguma, à ditadura dos “ungidos de Deus”, como eles gostam de se referir um ao outro. Foi justamente isso que causou um grande abismo entre os primórdios da CCB, suas transformações e sua situação atual.
Lamentavelmente, pouco se escreveu sobre a primeira denominação evangélica pentecostal que chegou ao Brasil. Mas, impulsionado por Deus e pelo desejo empreendedor e pesquisador, e também pela necessidade gritante de uma resposta sobre o que é a CCB, conseguimos ferramentas e acessórios importantes que nos ajudaram não apenas a transpor esse abismo, mas também a descer até o fundo dele. E, graças a Deus, essas preciosas informações irão nos fazer compreender melhor as práticas da CCB. E não só isso; iremos ainda, por meio dessas informações, compreender as consideráveis transformações pelas quais a CCB passou ao longo de toda a sua existência. Foram anos de muito trabalho e pesquisa, realizados com esmero e dedicação. Mas, agora, podemos retratar a intimidade - ainda não abordada - da CCB.
Anteriormente, muitos pesquisadores, estudiosos e escritores acirraram seus comentários; em sua maioria, nas diferenças doutrinárias e de usos e costumes da denominação. Infelizmente, contudo, deixaram de abordar, com mais informações, a transformação e os principais fatos ocorridos ao longo de sua trajetória. Com isso, permaneceram lacunas difíceis de serem interpretadas, tanto em relação à história da CCB como à grande contribuição de seus primitivos membros.
Em verdade, a CCB, como “igreja”, colaborou sim; e, de certa forma, ainda colabora com a pregação das boas-novas do Evangelho. Em suas casas de oração, milhares de pessoas receberam, e ainda recebem, a pregação da Palavra de Deus, que transmite vida. Assim, são libertas da escravidão do mundo, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.
Mas, lamentavelmente, a falta de estudo da Palavra de Deus levou seu ministério a exercer características radicais e exclusivistas ao longo do tempo. E, por esse motivo, estabeleceu-se uma cultura oral que é a base do atual “sistema” (se é que podemos chamar assim) da CCB. Sistema esse que, quando analisado mais a fundo, contradiz a história inicial dessa denominação e choca seus membros recém-chegados e até mesmo os mais antigos.
Apesar de tudo isso, devemos lembrar que o povo da CCB é dedicado e fervoroso, mas o que depõe contra é o fato de não ser convencional quanto à fé cristã. Age dessa maneira por conta da cultura oral (diferente dos demais evangélicos), perpetuada pelos princípios absorvidos, inocente e sutilmente, ao longo do tempo. E esses fiéis fizeram isso sem questionar, levados, principalmente, pela falta de instrução e de uma interpretação mais profunda das doutrinas bíblicas, por não se dedicarem ao estudo da Palavra. Teria a CCB, ao longo do tempo, tornado-se uma seita?
Por isso, consideramos importante e necessário levantar dados históricos, declarações e documentos (dos mais diversos países) para que possamos compreender melhor os seguintes fatos:
• O trabalho do missionário Louis Francescon e de seus companheiros na antiga Chicago, nos Estados Unidos, no início do século XX.
• A Assemblea Cristiana de Chicago e seu contato com o avivamento do Espírito Santo.
• Seu avanço missionário nas comunidades italianas na Europa e América do Sul.
• O início do pentecostalismo no Brasil.
• As práticas da Congregação Cristã em seu início, durante as transformações e nos dias atuais, e suas posições doutrinárias em relação ao contexto evangélico.
• Como muitos irmãos dessa denominação entendem os principais pontos de sua fé e doutrina.
De acordo com a Palavra de Deus, trazemos algumas respostas para esclarecimento e reflexão sobre os principais pontos de questionamento da doutrina e dos usos e costumes praticados por essa denominação.
O caráter deste trabalho é baseado na união e no temor do Senhor e na sua Palavra, procurando sempre manter a imparcialidade. Não esgotamos todos os fatos, as mudanças e os acontecimentos, mas abordamos o que consideramos ser o foco da análise que, com a ajuda de Deus, pode nos trazer compreensão e luz para a atual situação da CCB.
Finalizando, gostaríamos de dizer que nosso desejo é responder, com “mansidão e temor”, àqueles que nos indagam a respeito da esperança que há em nós, em face dessa situação, conforme está escrito em 1Pedro 3.15. Nossa proposta é que o leitor faça uma reflexão sincera sobre os pontos aqui abordados.
Por isso, convidamo-lo a pegar a sua Bíblia Sagrada e a examiná-la. Viaje conosco pela história da CCB que, nesta obra, será contada de maneira séria, imparcial e fraterna. Antes de tudo, é um alerta.
Que ao Senhor Deus, em nome de Jesus Cristo, sejam a glória, a soberania, o poder, a majestade e o louvor pelos séculos dos séculos! Amém!

Marcelo Ferreira
Outono de 2009

Pronunciamento aos Anciães em Assembléia Anual de Ensinamentos

Carta de Pronunciamento de Marcelo Ferreira, autor do Livro Por Trás do Véu, em reunião ministerial de Anciães em Plenário na Congregação Cristã no Brasil, Brás, em São Paulo.

Marcelo Ferreira da Silva, membro da Congregação Cristã no Brasil, tendo como sua comum congregação, Barra Funda, setor Bom Retiro; batizado em 15 de Julho de 1995 e oficializado músico em 02 de Novembro de 2002,

"Ao Conselho de Anciães da Congregação Cristã no Brasil

Graça e Paz, da parte de Deus, nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo,

Prezados e amados irmãos em Cristo

Agradeço o nobre convite efetuado pelos senhores através do ancião do meu setor, o caro irmão Joel Bagnato; este expresso através de ligação telefônica no dia 26 de Fevereiro de 2008, as 9:26 hs para participar da Reunião do Ministério. Onde segundo fui informado, os anciães gostariam de me ouvir, devido a repercussão ocasionada sobre o trabalho que executo participando do programa de rádio Crescendo na Fé (Musical FM 105,7 - SP), também pelo lançamento do livro Por trás do Véu, de minha autoria.

Antes de prosseguir gostaria de expor algo importante para uma melhor compreensão do trabalho que estou executando, em função do chamado de Deus em minha vida.

Desde garoto, sempre fui atraído pela Bíblia Sagrada e pelo conhecimento bíblico, pois para mim não havia nem há nada maior que a Palavra de Deus. Em 1997,com dois anos de batizado nesta denominação, me interessei pela história da Congregação Cristã no Brasil e no mundo. Uma obra tão próspera, certamente teria um legado de lutas e vitórias maravilhosas para engrandecimento do nome do Senhor e quis conhecê-las.

Me deparei com fatos históricos e testemunhos de fé que me trouxeram muita alegria, pois tais fatos eram semelhantes aos enfrentados por nossos irmãos do passado, no início do Cristianismo.

Tenho aprendido do Senhor, através da ministração de Sua Palavra nas Congregações e são inumeráveis suas bênçãos dispensadas em minha vida por sua Palavra.

Mas os anos passam e o crente amadurece, cresce na Graça e no conhecimento de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (2 Pe 3:18), e passa através dos dons recebidos na igreja, dentre eles o discernimento, a compreender cada dia mais a vontade de Deus em sua vida. Assim se deu comigo.

Em 2002 começava a perceber que haviam certas atitudes e ensinamentos em nosso meio que não eram apontados pelas Cartas apostólicas e não fizeram parte das palavras ditas pelo Senhor Jesus. Percebi que tais atitudes, reforçadas pelo apoio ministerial, apontavam para tradições próprias, opostas ao Cristianismo bíblico e histórico. O que fazer ?

Decidi buscar a guia do Espírito Santo e ler as Bíblia Sagrada com santa meditação, a fim de receber de Deus luz para o meu caminho e entendimento.(Sl 119:105).

Recolhia, guardava e analisava tudo relacionado a minha querida Congregação, sempre mantendo o cuidado para não ser levado por opiniões próprias, mas sendo pautado na Bíblia Sagrada.

Dentre tais documentos, os próprios produzidos por minha igreja, hoje unificados em uma só edição, o "livreto azul", que contém o histórico da Congregação Cristã, o Resumo da Convenção de 1936, Reuniões de Ensinamentos de 1948, os Pontos de Doutrina da Fé que uma vez foi dada aos santos, o Histórico da Obra de Deus e Mensagens.

Bíblia + História + Pesquisa + Bíblia novamente, me deram um parâmetro da real situação de minha querida e estimada Congregação Cristã. Silêncio, lágrimas, decepção, tristeza. Não conseguia raciocinar na possibilidade de que tudo que havia descoberto seria real. Além disso, muito do que já havia ouvido nas congregações, colaborava para um único entendimento: Algo de estranho ao Cristianismo, adentrou sutilmente esta maravilhosa obra e contaminando sua compreensão face as Bíblia Sagrada, ocasionou a perca do primeiro amor em muitos irmãos da Congregação Cristã, como aconteceu aos irmãos de Éfeso(Ap 2:4).

Nunca perdi a fé, pois sabia e sei, que o Senhor está no controle de tudo e ouve a oração dos santos. Sei também que ele ama a Congregação Cristã no Brasil e se faz presente alimentando seu povo através de Sua Palavra, onde ouvi mensagens veementes do Espírito Santo corrigindo e alertando para esta atual situação de nossa igreja. Então, o que estava acontecendo conosco, pois o problema não foi e jamais seria em Deus. Lamentavelmente estávamos endurecidos em nosso próprio entendimento. Mesmo assim, continuei acreditar no Senhor Jesus e Ele me libertou completamente das tradições e convenções para ficar somente com Sua Santa Palavra (Jo 8:32-36).

Senti um chamado de Deus para fazer algo que contribuísse para o resgate de nossas origens e não me retive em obedecer. Não podia mais ver meus amados irmãos da Congregação Cristã, tão esforçados, tão sinceros em sua fé, carregando o fardo do legalismo e do farisaísmo assimilados ao longo de décadas por ensinamentos contraditórios as Escrituras Sagradas; práticas estas combatidas tantas vezes pelo Senhor Jesus Cristo (Mt 23:1-39).

Possuía muito material publicado, escrito e relatado, que o Senhor havia permitido chegar as minhas mãos, dentre estes, 26 cartas originais do próprio irmão ancião Louis Francescon, escritas a um irmão do Brasil.

Desejava expô-los em forma de algo que contribuísse com o meu povo da Congregação, mas como ?

Em 2006 buscando o conselho da Palavra de Deus na Congregação do Brás, o Senhor, através de Sua Palavra me confirmou: para que eu fosse adiante em meu projeto pois Ele seria comigo, e aquilo que entristecia a muitos irmãos, Deus removeria custe o que custasse, faria uma reviravolta dentro da Congregação Cristã para o bem da Obra de Deus. Não havia mais dúvidas, o Espírito Santo está a frente deste trabalho, pelo amor aos homens e mulheres de Deus membros da Congregação Cristã.

Em seguida, Deus abriu a porta do programa Crescendo na Fé, o qual a convite da direção do programa, participei pela primeira vez em 06 de Novembro de 2006. Neste célebre programa evangélico, composto por homens de Deus que defendem o Cristianismo Bíblico, temos a oportunidade de transmitir a querida irmandade da Congregação Cristã que nos ouve e demais irmãos em Cristo de outras denominações, esclarecimentos de dúvidas sobre a Bíblia Sagrada e suas doutrinas.

Questionado pelo ancião do meu setor em Novembro de 2006 por tal participação, transmiti-lhe o meu parecer e pedi que repassasse ao Conselho de Anciães, sugerindo uma reflexão sobre algumas atitudes praticadas por nossa igreja. A resposta que recebi em poucos dias, através do mesmo ancião, foi que eles, os anciães, permaneceriam com as convenções e tradições. Respondi ao caro irmão que eu permaneceria com a Bíblia Sagrada. Desde então, não mais fui contactado até o presente convite.

Logo após, veio a publicação do livro "Por trás do Véu" em Janeiro de 2008. Livro este que com muita propriedade aborda o início do pentecostalismo no Brasil com a chegada da Congregação Cristã , sua história, seu progresso e suas características, contribuindo para a história do Cristianismo no Brasil, apesar de suas diferenças. Além de tudo, um trabalho dedicado a Deus.

Sempre participei abertamente do programa e jamais me pronunciei como falando em nome da Congregação Cristã, mas sempre como membro, que em exercício da sua liberdade em Cristo e como cidadão brasileiro, tem a liberdade de expressar seus pensamentos, em meu caso, na defesa da ética e fé cristãs. Saliento também que as respostas e os posicionamentos expressos por mim no programa de rádio citado, foram muitas vezes atendendo a centenas de irmãos da Congregação Cristã, ouvintes do programa que procuravam serem esclarecidos em questões bíblicas e sobre sua denominação. Apesar destas respostas serem muitas vezes severas, em virtude da necessidade de sempre manter a ética cristã, reservaram-se somente ao campo das idéias, jamais se referindo a pessoas.

Apenas estou fazendo aquilo que o Espírito Santo me guiou a fazer, tendo a certeza da fiel recompensa que Jesus me dará em Seu Reino e cumprindo como fiel discípulo de Cristo o chamado de meu Mestre.

Há um caminho de volta; o Senhor Jesus espera dos amados irmãos da Congregação Cristã, uma reflexão urgente sobre algumas posturas adotadas em relação às Escrituras Sagradas.

Que os irmãos do prezado Conselho de Anciães da Congregação Cristã no Brasil, representantes do ministério em geral e órgão humanamente supremo desta denominação, o qual estimamos apesar das diferenças que por hora temos, debaixo do temor e do amor do Senhor, possam refletir com humildade sobre tais posturas contrárias as Escrituras Sagradas hoje praticados em forma de tradição, cultura oral e doutrina por nosso povo. Alguns expressos em literatura própria da Congregação Cristã. Práticas estas que, com sabedoria do alto precisam ser erradicadas imediatamente para não continuarmos em tais tradições que invalidam o Mandamento de Deus (Mt 5:6) e fazem separação no Corpo de Cristo.

Apontamos para algumas providências que iriam sanar muitos dos problemas hoje vigentes em nosso meio:
- Desfazer alteração do tópico 1.º dos Pontos de Doutrina e da Fé que uma vez foi dada aos santos, que constam no Estatuto, desde 1995, onde diz que a Bíblia contém a Palavra de Deus. Ela não contém, ela É a infalível Palavra de Deus,

- Retirar o texto entitulado "Doutrinas", exposto na página 25 da edição unificada (livreto azul), referente a um dos tópicos da Reunião de Ensinamentos de 1948 que dizem:

“ No velho concerto havia três leis: Civil, Moral e Cerimonial e por suprema autoridade o sumo sacerdote. ...Os fiéis em Cristo, chamados a testemunhar o Evangelho a todas as nações tem que reconhecer autoridades e leis civis de qualquer nação”...
“...A lei cerimonial com as suas ordenanças foi cumprida com a oferta pura do Cordeiro de Deus ,...A lei moral é fruto da nova vida em Cristo Jesus...”

De acordo com este ensino, havia três leis, mas nem todas elas foram cumpridas.

A Bíblia ensina que a lei é uma só, não se encontra na Palavra de Deus tal divisão. Toda a lei foi cumprida, inclusive a lei moral, pois Cristo viveu uma vida moralmente impecável (Gl 3:10,11; 4:4-5; Mt 5:18; Jo 19:30).
Quando um fariseu perguntou a Jesus qual era o maior mandamento da lei, Jesus não quis saber de qual lei (Mt 22:34-40), porque a lei é uma só.

A nova aliança tem uma lei própria: a lei de Cristo ou a lei do Espírito (Rm 3:27; 8:2; 1Co 9:21; Gl 6:2). E é justamente nessa lei e no cumprimento dos seus mandamentos que andamos.
Quando veio a nova lei, a velha já havia cumprido seu propósito e não era mais necessária, por isso foi removida (Hb 8:6-13; 10:1-18, 2Co 3:11).

Dizer que Cristo cumpriu apenas parte da lei é afirmar que sua obra foi incompleta. As afirmações desse tópico das Reuniões de 1948 são simplesmente antibíblicas. É inconcebível que um tópico de ensinamento como este permaneça por tantos anos em uma igreja cristã.

- Cessar o Rebatismo de crentes oriundos de outras denominações sérias que possuem uma confissão de fé genuinamente cristã, sendo ensinado à irmandade da Congregação Cristã que, quando algum crente de outra denominação evangélica migrar para a Congregação, não será exigido deste, que se batize novamente, para que possa ser considerado irmão ou exerça liberdade de tomar ceia, orar, testemunhar e chamar um hino. Este batismo efetuado em outra denominação evangélica genuína, será aceito se obedecer a ordenança bíblica do Senhor Jesus em Mateus 28:19. O Rebatismo de quem já foi batizado conforme a Palavra constitui uma heresia. Há um só batismo conforme Efésios 4:5 e Romanos 6:3-4.

- Rever o ensinamento da Congregação Cristã de que o batismo purifica o homem do pecado, pois tal afirmação, no entanto, não tem base bíblica. O texto de 1João 1.7 lança por terra tamanha contradição:

“...e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho nos purifica de todo pecado”.

A Bíblia deixa bem clara essa questão: o que nos purifica é somente o sangue de Jesus Cristo. Lemos, em Marcos 16.16:

“Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado”.

Não é dito que quem não crer e não for batizado será condenado, mas apenas que quem não crer.
Pregar o batismo salvífico é pregar outro evangelho (Gl 1.6-9; At 15.11; Rm 1.17; 2Co 11.4). Quem regenera é o Espírito Santo, quando a pessoa se arrepende de seus pecados e crê em Jesus (Tt 3.5-7; 1Pe 1.18).
O batismo não lava pecados, somente o sangue de Cristo (1Jo 1.7; Ap 1.5; 5.9,10).

- Ensinar a querida irmandade que a Congregação Cristã no Brasil é uma igreja cristã, na qual opera a Graça de Deus como em outras denominações genuinamente cristãs. Não sendo correto chamar a Congregação Cristã de "Graça de Deus" ou "esta Graça", pois a Graça de Deus não é a Congregação Cristã ou qualquer outra denominação evangélica, mas sim a Obra Redentora realizada pelo Senhor Jesus Cristo na cruz do Calvário em favor de todo aquele que Nele crê (Jo 3:16). Graça é o favor imerecido de Deus não uma denominação ou instituição religiosa.
Também a não chamar a Congregação Cristã de "caminho", pois o único caminho que conduz a salvação segundo a Bíblia nos ensina é o Senhor Jesus (Jo 14:6).

- Que os demais evangélicos sejam reconhecidos como irmãos apesar de suas diferenças culturais e de liturgia de culto. A Palavra de Deus ensina que a todos que receberam a Cristo como seu Salvador, foi-lhes dado o poder de serem feitos filhos de Deus, irmãos em Cristo, independente de qual denominação evangélica pertençam (Jo 1:12; Rm 8:14; 1 Jo 3:1). Tal exemplo vemos nas igrejas da Ásia descritas em Apocalipse (Ap 2:1 a 3:22). Lembrá-los para nunca mais chamá-los de seitários ou outros nomes pejorativos.

- Não pregar contra o ministério dos pastores, pois apesar de não adotar-mos tal ministério, o mesmo é bíblico (Jr 3:15, Jr 23:4, Ef 4:11, Hb 13:7)

- Não pregar contra Estudo Bíblico ou Teológico, pois além do membro exercer sua liberdade de escolha, a Bíblia aponta para a necessidade de examiná-la, ou seja estudá-la para ser melhor usado pelo Espírito Santo (Js 1:8, Jo 5:39, 1Tm 4:13, 2Tm 2:15, 2Tm 4:13). Lembremos que o apóstolo Paulo, foi doutor da Lei, possuía extremo preparo nas Escrituras Sagradas, além de conhecedor profundo das culturas judaica, grega e romana.

- Estabelecer ensino das Escrituras Sagradas nas Congregações em forma de Escola Bíblica, ou Culto de Ensinamentos e Doutrinas, classificado em crianças, jovens e adultos. Tais estudos sempre foram adotados na Congregação Cristã de Chicago, onde pertenceu como membro o irmão Louis Francescon, nas igrejas do movimento pentecostal italiano, como nas demais igrejas cristãs. Isto ajudaria e muito a se manter uma única compreensão doutrinária dentre toda a irmandade e Ministério.

- Explicar o que são Doutrinas Bíblicas, que são as bases do Cristianismo, e o que são usos e costumes,

- Que os tópicos de ensinamentos sejam publicados e acessíveis a toda a irmandade,

- Quanto ao adultério e a fornicação, por pior que sejam estes pecado, não podem ser considerados pecado de morte sem perdão. Pois não existe base bíblica para tal afirmação, havendo na Bíblia relatos de que mediante o arrependimento e abandono de tal prática pecaminosa Deus concede perdão, como no caso da mulher adúltera (Jo 8:1-11, 1 Jo 1:7-10).
O pecado de morte, sem perdão, refere-se a blasfêmia contra o Espírito Santo, que é atribuir conscientemente a satanás uma Obra realizada por Deus (Mt 12:31-32).

- Incentivar a irmandade da Congregação Cristã e treiná-los para o exercício de missões. Quando esta se der, não praticar proselitismo e disputar o campo já ocupado por igrejas genuinamente cristãs (At 15:20-21). Independente de possuir cargos eclesiásticos, todos podem participar, pois a grande comissão de Jesus (Mt 28:19) é para toda a Igreja de Cristo, não somente a uma classe especial; porém é trabalho da igreja prepará-los e dar-lhes retaguarda nestas missões.

- Investir incansavelmente na busca pelos parados na fé, tratando-os com amor que convém a nossa condição, lhes mostrando que em Jesus Cristo há uma chance de restauração e purificação dos pecados (1Jo 1:7-10). O Senhor mesmo disse:

“Todo o que o Pai me dá virá a mim, e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora” (Jo 6:37).

Muitos por se sentirem desprezados e perdendo sua liberdade nos cultos tem sido alvo de grupos não cristãos e sucumbem a doutrinas de demônios, pois devido ao estado de aflição, muitos agarram-se a qualquer coisa. Não é necessário falar dos milhares de nossos irmãos que foram parar na sarjeta, ficaram depressivos, tiveram suas vidas destruídas pelo desprezo e até cometeram suicídio.
É necessário se estabelecer um acompanhamento sério nos casos de transgressões e pecados, tratando-os com misericórdia e, no caso de aplicação de disciplina, os tais sejam acompanhados com amor cristão para que possam ser, mediante arrependimento sincero, reintegrados a comunhão da igreja sem discriminação. E que se busque muita guia de Deus para não se abater as almas lavadas e remidas pelo precioso sangue expiador do Senhor Jesus.

O que segue não é um problema doutrinário, ou algo que venha a ferir as Escrituras Sagradas, mas de consciência:

Refletir na possibilidade de passar a servir um dos dois elementos da Santa Ceia, o vinho, em cálices individuais e descartáveis. Respeitamos a atual forma de servi-la na Congregação Cristã, utilizando um único cálice, mas não podemos esquecer que o fato de centenas, às vezes milhares de irmãos, participarem de um mesmo cálice, põe em risco a integridade física de seus membros, pois a possibilidade de contaminação por alguma doença infecto-contagiosa é extrema.
Sabemos que o Senhor é Poderoso para nos livrar e guardar de tais males, mas temos que encontrar um equilíbrio, de acordo com as Escrituras Sagradas. Estas nos apontam em Mateus 26:27, Marcos 14:23 , 1Coríntios 11:28 que temos que tomar "dele" (o cálice), e segundo Lucas 22:17 reparti-lo entre nós, não necessariamente "nele". Não há problema doutrinário em pegar de um cálice principal e repartir em demais cálices para serem servidos aos nossos irmãos. Já é corrente entre o Ministério que muitos da irmandade já não aceitam esta forma de servir o vinho da Santa Ceia, tendo dificuldade em colocar sua boca num recipiente compartilhado por centenas de irmãos. Não podemos também desconsiderar, que a qualquer momento podemos ser alvo da intervenção de autoridades sanitárias governamentais.

Enfim, muitos de nossos irmãos, esperam uma reflexão e oram para que os servos de Deus, os anciães, sejam guiados pelo Espírito Santo e não vejam este comunicado, exposto com humildade e sentimento cristão, como um ato de rebeldia, cisão, afronta ou desvario. Nem tratem como um caso isolado, pois muitos no passado e recentemente já foram usados para lhes transmitir algo da parte de Deus. Nosso trabalho é mais uma ferramenta do Senhor para uma reflexão nos conceitos atuais da Congregação Cristã no Brasil.

A Congregação Cristã tem uma identidade única, a qual respeitamos, mas precisa ser aperfeiçoada, pelo poder restaurador do Espírito Santo. É preciso rever suas posições e refletir em quanto deixamos de participar em nosso país, face as grandes necessidades que enfrentamos, onde ela como agência missionária do Reino de Deus poderia exercer uma grande influência, maior que a atual, para o progresso cada vez maior do Evangelho em nossa nação e no mundo. Não estou falando em ecumenismo, jamais, falo em cooperação cristã, respeitando, amando e auxiliando quando possível, os demais grupos do Corpo de Cristo. Nossa querida Congregação Cristã, apesar de suas particularidades, tem muito a compartilhar com a Igreja de Cristo.

Lembremos que Deus concedeu aos caros ministros da Congregação Cristã uma mordomia, que precisa ser conduzida única e exclusivamente pela Palavra de Deus, sem intervenção de novas revelações que a contradizem. O apóstolo Paulo nos advertiu na 1.ª Carta ao Coríntios, cap. 4, vv. 6:

"E eu, irmãos, apliquei estas coisas, por semelhança, a mim e a Apolo, por amor de vós, para que em nós aprendais a não ir além do que está escrito, não vos ensoberbecendo a favor de um, contra outro."

Desta mordomia e talentos confiados, será pedido contas quando se manifestar o Senhor Jesus Cristo em sua glória (Mt 25:14-30).

Os tempos apontam para o retorno do Mestre a qualquer momento, para arrebatar sua Igreja e galardoá-la. Que não seja o caso, que alguns dentre nós, por dureza de coração, enfrente o Tribunal de Cristo (1Co 3:13-15; 2Co 5:10)e vejam suas obras serem queimadas como palha pelo fogo, ou pior, não subir com Cristo, passar pela Tribulação que há de vir ao mundo e pela opressão do anticristo. Sem contar com a terrível possibilidade de perecer e enfrentar o Juízo Final, onde não haverá mais chance, só restando ser condenado e lançado no lago de fogo, lugar de trevas, onde haverá pranto e ranger de dentes (Mt 22:13; Ap. 20:11-15).

Aguardo em nome de todos os irmãos da Congregação Cristã, que esperam uma reflexão dos amados irmãos em Cristo, uma resposta a este documento, orando por vós, certo da providência Divina no coração dos que se inclinam a voz do Espírito Santo através de Sua Palavra (Ap 2:7,11,17,29; 3:6,13,22; ).

Certo da missão que o Senhor me confiou,

Sinceramente em Cristo, pela Graça Suficiente,

Vosso irmão na fé que uma vez foi dada aos santos,

Marcelo Ferreira da Silva"

Arquivo/PortalCCB/032008

Material de Ensino Bíblico da Congregação Cristã de Dallas - EUA é recusado pelo Ministério Brasileiro.


Na última Assembléia de Reuniões da CCB ocorrida em 2007, deliberou-se em tópicos daquele ano, a introdução de "ensinos Bíblicos" nas reuniões de Jovens e Menores. Ainda no primeiro semestre de 2007, esta nova forma de ensino, a princípio com um caráter experimental, foi iniciada por algumas Congregações Cristã no interior de São Paulo, tais como, Congregações pertencentes a Regional de Itaí. Consistia em, alternar os domingos em "ensinos bíblicos" com os "Recitativos". Estes "ensinos bíblicos" , segundo orientações dos Servos de Deus, ou seja, dos Anciões é tão somente a indicação aleatória de um tema ou título bíblico a ser lido pelos Jovens em sua casas no decorrer da semana, para nos domingos de "ensino bíblico" obterem as explicações do texto ou do tema indicado, e o esclarecimento de quaisquer dúvidas levantada pelos jovens ou crianças. Portanto, na grande São Paulo estas alterações nas Reuniões de Jovens estariam previstas para o final do segundo semestre de 2007.


A CCB analisa isto como uma grande iniciativa, e um grande passo visando o melhor aproveitamento nas suas Reuniões de Jovens, mas, segundo as análises, demonstra que a iniciativa do Ensino Bíblico, lançado pelo Ministério da CCB causa certa amuação e receios devido ao retorno ou uma contrapartida que atinja o SISTEMA. É de fácil percepção a carência de estrutura que a CCB possui em fazer um bom trabalho para o crescimento e conhecimento das Sagradas Escrituras à suas crianças, jovens e todos seus membros, quanto a estrutura não refere-se ao material e ao financeiro, mas a falta deliberada de aplicação, dedicação e amor às Sagradas Escrituras, gera na Igreja a ausência de unidade Ministerial, com conseqüências à falta da unidade da Fé e do Espírito de Verdade , que por fim, na aparência é ótimo e belo à vista, mas por dentro está uma Igreja inflamada e doente.
É cabível de prova haver uma notável discrepância com relação as Unidades citadas, ou até mesmo divergência de concepções se supostamente fosse dirigido a um Colegiado de Anciões ou Cooperadores da CCB, através de perguntas abertas à todos sobre o que eles posicionam, ou definem certas questões fundamentais da Fé Cristã. Não sobre "o que é o que é?" mas por exemplo: Qual o sentido e ou a natureza da expiação do Senhor Jesus? ou a simples pergunta: O crente é salvo pela Fé ou pelas obras? como também: Qual Juízo definido nas Escrituras que virá para o fim desta Dispensação? Após recolher as folhas e conferir ou pedir para erguer as mãos será que todos ou pelo menos 90% seriam unânimes? O que vem a tona através desta exemplificação é salientar que a CCB ao negar anos em seus principais documento o Estudo das Sagradas Escrituras o que tem a oferecer às suas crianças e jovens, se eles não possuem nem pra si próprios? E onde ficou o principio da Unidade Fé e do Conhecimento de Deus e da sua Palavra? O Senhor Jesus em suas palavras e seus ensinos após expulsar um demônio, dirigiu aos que estavam com ele, dizendo: "...Todo o reino dividido contra si mesmo é devastado; e toda a cidade, ou casa, dividida contra si mesma não subsistirá" (Mt. 12:25).

Realmente, a falta de maturidade ou até mesmo experiência, neste âmbito cristão falta ao Ministério da CCB, uma vez que, um ensino bíblico deverá basicamente de esmerar num princípio sistemático, progressivo e didático. Na ausência destes pontos, o que resta salientar que um projeto como este totalmente alienado de propósitos só pode vir com fins de tapear, ou manobrar toda a massa (lembremos do "fermento dos fariseus), feito não por carência de conhecimento bíblico, isto também é parte, mas na intenção oculta, e propositada de implantar interesses que maquinados na mente. Portanto é só verificar se esta iniciativa de "ensino bíblico" está em todas as Congregações, se não está conclui-se que estão diante de uma casa dividida. Este episódio verificado no ano passado sobre "ensino bíblico" na CCB coincidiu com as participações de irmãos da CCB no programa Crescendo Fé ( Fm 105,7) sobre as doutrinas da Igreja e demais questões. A participação interativa de irmãos da CCB já vinha ocorrendo desde outubro de 2006, e onda de questionamento e dúvidas se avolumaram. É pertinente citar que chegado em abril de 2007 (Assembléias) a CCB provavelmente frente as críticas ao seu sistema, procurou agir de forma bastante discreta, manifestando aparente reação de compromisso com a causa do "ensino bíblico" nas Igrejas, e trouxe esta idéia que não levou a nada e a lugar nenhum, segundo seus freqüentadores.
A falta de idoneidade é presente, apesar dos anos que carregam seus ministros, vê que frente as Escrituras a sua grande maioria são meninos na Fé, a isto atenta-se a Palavra de Deus: "Toda escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, parar redargüir, para corrigir, para instruir em justiça" e só depois cumpriremos e seremos como sua palavra assevera: " E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para ensinarem os outros"

Estes acontecimentos e principalmente a iniciativa da CCB na implantação do "ensino Bíblico às Reuniões de Jovens chegou ao conhecimento da Congregação Cristã de Dallas, nos Estados Unidos. Importante salientar, a CCUS em Dallas, tem semelhantemente o mesmo princípio histórico de origem como ocorrera no Brasil, porém, a CCUS em Dallas permanece nos mesmo propósitos de fé, quanto ao ensino, diferente do que aconteceu com a CCB após sua liderança local ganhar certa força nos primeiros anos após 1910, rechaçando o ensinos das Sagradas Escrituras. A CCUS conforme documento abaixo possui uma Comissão de Instrução Bíblica, munida de material de estudo, com Escolas Dominicais desde 1907.
Com esta bagagem os irmãos da CCUS em Dallas, se alegraram com a notícia e se prontificaram em reunião ministerial em agosto de 2007 a fornecer o material de ensino, já traduzido em português. Mas uma vez os irmãos da Congregação Cristã no Brasil fica sem respaldo de seu ministério, o com a seguinte pergunta: Onde está material? Confira a seguir....