Conheçam a Nova Edição do livro "Por Trás do Véu"




                                                                A história de um povo
                                            Uma ferramenta em defesa do Evangelho
                                 Um apelo para a reflexão e submissão à Palavra de Deus



Caros leitores,

Nesta nova edição revista e ampliada do livro "Por Trás do Véu" foram inclusas importantes informações históricas e considerações que não estavam contidas nas edições anteriores.
Apontamos que nesta nova edição, foi retirada de seu capítulo 8 uma matéria com o subtítulo "Declarações da CCB a respeito das diferentes versões da Bíblia", onde mostrava que a CCB através de seus tópicos de ensinamentos, era contrária a utilização por seus membros da Bíblia Almeida Revista e Atualizada (ARA). Anteriormente, criticamos a atitude da CCB em tais afirmações e até defendemos o trabalho da tradução da Bíblia ARA, porém, após analizarmos e buscarmos apoio junto a autoridades em traduções bíblicas e línguas originais, retiramos nossa crítica ao posicionamento da CCB e concluímos que ela acertou em indicar e manter o uso da Bíblia Almeida Revista e Corrigida (ARC) para seus membros.
São Paulo, 12 de janeiro de 2010.
Marcelo Ferreira
Autor

Ao Leitor
Até hoje, muito se escreveu a respeito de uma das maiores “denominações evangélicas” do Brasil. E isso por conta de sua marcante presença no cenário evangélico. Estamos falando da Congregação Cristã no Brasil – a CCB.
Um dos problemas mais complicados que alguém pode encontrar quando se empenha em pesquisar a historicidade de um povo, de um segmento religioso ou de uma organização denominacional, é, sem sombra de dúvidas, a falta de informações, ou seja, de dados remanescentes de fácil acesso. Quando isso acontece, é porque não houve interesse, por parte da instituição pesquisada, em preservar, em conservar, a sua memória.
A CCB, em toda a sua existência, pouco relatou, de forma documental, a si própria como denominação, e muito menos registrou a história dos principais personagens envolvidos em sua fundação e expansão, tanto dentro quanto fora do Brasil. E agiu dessa forma por compreender que, se escrevesse muito, detalhando o trabalho desses personagens, poderia incorrer numa espécie de idolatria a tais pessoas e, dessa forma, ofuscar a obra do Espírito Santo.
Ademais, podemos perceber que, ao omitir certos fatos, a CCB teria a facilidade de não ter de esclarecer algumas dúvidas perenes aos seus membros que, por esse motivo, desconhecem quase totalmente a verdadeira história de sua denominação.
Aliados à crença de que todas as decisões do ministério dizem respeito à “vontade de Deus”, quase todos os membros aceitaram suas vagas explicações, sem questioná-las. Afinal, segundo acreditam, são os “únicos representantes de Deus na terra”; por isso, submeteram-se, sem restrição alguma, à ditadura dos “ungidos de Deus”, como eles gostam de se referir um ao outro. Foi justamente isso que causou um grande abismo entre os primórdios da CCB, suas transformações e sua situação atual.
Lamentavelmente, pouco se escreveu sobre a primeira denominação evangélica pentecostal que chegou ao Brasil. Mas, impulsionado por Deus e pelo desejo empreendedor e pesquisador, e também pela necessidade gritante de uma resposta sobre o que é a CCB, conseguimos ferramentas e acessórios importantes que nos ajudaram não apenas a transpor esse abismo, mas também a descer até o fundo dele. E, graças a Deus, essas preciosas informações irão nos fazer compreender melhor as práticas da CCB. E não só isso; iremos ainda, por meio dessas informações, compreender as consideráveis transformações pelas quais a CCB passou ao longo de toda a sua existência. Foram anos de muito trabalho e pesquisa, realizados com esmero e dedicação. Mas, agora, podemos retratar a intimidade - ainda não abordada - da CCB.
Anteriormente, muitos pesquisadores, estudiosos e escritores acirraram seus comentários; em sua maioria, nas diferenças doutrinárias e de usos e costumes da denominação. Infelizmente, contudo, deixaram de abordar, com mais informações, a transformação e os principais fatos ocorridos ao longo de sua trajetória. Com isso, permaneceram lacunas difíceis de serem interpretadas, tanto em relação à história da CCB como à grande contribuição de seus primitivos membros.
Em verdade, a CCB, como “igreja”, colaborou sim; e, de certa forma, ainda colabora com a pregação das boas-novas do Evangelho. Em suas casas de oração, milhares de pessoas receberam, e ainda recebem, a pregação da Palavra de Deus, que transmite vida. Assim, são libertas da escravidão do mundo, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.
Mas, lamentavelmente, a falta de estudo da Palavra de Deus levou seu ministério a exercer características radicais e exclusivistas ao longo do tempo. E, por esse motivo, estabeleceu-se uma cultura oral que é a base do atual “sistema” (se é que podemos chamar assim) da CCB. Sistema esse que, quando analisado mais a fundo, contradiz a história inicial dessa denominação e choca seus membros recém-chegados e até mesmo os mais antigos.
Apesar de tudo isso, devemos lembrar que o povo da CCB é dedicado e fervoroso, mas o que depõe contra é o fato de não ser convencional quanto à fé cristã. Age dessa maneira por conta da cultura oral (diferente dos demais evangélicos), perpetuada pelos princípios absorvidos, inocente e sutilmente, ao longo do tempo. E esses fiéis fizeram isso sem questionar, levados, principalmente, pela falta de instrução e de uma interpretação mais profunda das doutrinas bíblicas, por não se dedicarem ao estudo da Palavra. Teria a CCB, ao longo do tempo, tornado-se uma seita?
Por isso, consideramos importante e necessário levantar dados históricos, declarações e documentos (dos mais diversos países) para que possamos compreender melhor os seguintes fatos:
• O trabalho do missionário Louis Francescon e de seus companheiros na antiga Chicago, nos Estados Unidos, no início do século XX.
• A Assemblea Cristiana de Chicago e seu contato com o avivamento do Espírito Santo.
• Seu avanço missionário nas comunidades italianas na Europa e América do Sul.
• O início do pentecostalismo no Brasil.
• As práticas da Congregação Cristã em seu início, durante as transformações e nos dias atuais, e suas posições doutrinárias em relação ao contexto evangélico.
• Como muitos irmãos dessa denominação entendem os principais pontos de sua fé e doutrina.
De acordo com a Palavra de Deus, trazemos algumas respostas para esclarecimento e reflexão sobre os principais pontos de questionamento da doutrina e dos usos e costumes praticados por essa denominação.
O caráter deste trabalho é baseado na união e no temor do Senhor e na sua Palavra, procurando sempre manter a imparcialidade. Não esgotamos todos os fatos, as mudanças e os acontecimentos, mas abordamos o que consideramos ser o foco da análise que, com a ajuda de Deus, pode nos trazer compreensão e luz para a atual situação da CCB.
Finalizando, gostaríamos de dizer que nosso desejo é responder, com “mansidão e temor”, àqueles que nos indagam a respeito da esperança que há em nós, em face dessa situação, conforme está escrito em 1Pedro 3.15. Nossa proposta é que o leitor faça uma reflexão sincera sobre os pontos aqui abordados.
Por isso, convidamo-lo a pegar a sua Bíblia Sagrada e a examiná-la. Viaje conosco pela história da CCB que, nesta obra, será contada de maneira séria, imparcial e fraterna. Antes de tudo, é um alerta.
Que ao Senhor Deus, em nome de Jesus Cristo, sejam a glória, a soberania, o poder, a majestade e o louvor pelos séculos dos séculos! Amém!

Marcelo Ferreira
Outono de 2009